Personalidade complexa, dinâmica e independente, desde pequena Helena Blavatsky mostrou possuir um caráter forte e dons psíquicos incomuns, e logo em torno dela se formou um folclore doméstico. Imediatamente após um casamento frustrado, deixou o esposo e partiu em um longo período de viagens por todo o mundo em busca de conhecimento filosófico, espiritual e esotérico, e nesse intervalo alegou ter passado por inúmeras experiências fantásticas, entrado em contato com vários mestres de sabedoria ou mahatmas e deles recebido na condição de discípula um treinamento especial para desenvolver seus poderes paranormais de forma controlada, a fim de que pudesse servir-lhes de instrumento para a instrução do mundo ocidental. A partir de 1873 iniciou sua carreira pública nos Estados Unidos, e em pouco tempo se tornou uma figura tão celebrada quanto polêmica. Exibiu seus poderes psíquicos para grande número de pessoas,
Resumo:
O trabalho foi originalmente intitulado O Véu de Isis, um título que permanece no cabeçalho de cada página, mas teve que ser renomeado uma vez que Helena descobriu que este título já havia sido usado para um trabalho Rosa-cruz de W.W. Reade, em 1861. Ísis sem Véu é dividido em dois volumes. O volume I, A "Infalibilidade" da ciência moderna, discute Ciência Oculta, as forças ocultas e desconhecidas da natureza, explorando temas como forças, elementais, fenômenos psíquicos, e o homem interior e exterior. Volume II, Teologia, discute a semelhança da escritura cristã às religiões orientais, como o budismo, o hinduísmo, os Vedas, e o Zoroastrismo. Segue-se a noção renascentista de prisca theologia, em que todas essas religiões supostamente descendem de uma fonte comum; a antiga "Religião-Sabedoria". Helena escreve no prefácio que Ísis sem Véu é "um apelo para o reconhecimento da filosofia hermética, a antigamente universal Religião-Sabedoria, como a única chave possível para o absoluto na ciência e na teologia."O trabalho é defendido por muitos estudiosos modernos, como Bruce F. Campbell e
Nicholas Goodrick-Clarke como um marco na história do esoterismo ocidental. Ela reuniu uma série de temas centrais para a tradição da filosofia oculta-filosofia perene, um neoplatonismo emanacionista cosmológico, adeptos, cristianismo esotérico e reinterpretou-los em relação com os desenvolvimentos correntes na ciência e novos conhecimentos sobre as religiões não-ocidentais. Ao fazê-lo, Ísis sem Véu refletiu muitas controvérsias contemporâneas, tais como as teorias de Darwin sobre a evolução e seu impacto sobre a religião, e envolvido em uma discussão que apelou para pessoas inteligentes interessadas em religião, mas alienadas de formas ocidentais convencionais. A combinação de Helena das percepções originais, apoiadas por fontes acadêmicas e científicas realizando uma grande demonstração de desafio à ciência materialista do ocultismo moderno.
O trabalho também foi significativo como uma primeira declaração de idéias amplificadas nos escritos mais tarde Teosóficos, uma percepção comum sendo no entanto, que o trabalho oferece ensinamentos contraditórios em relação a trabalhos posteriores. Por exemplo, tem sido comumente percebido que não há nenhuma menção da reencarnação dentro de Ísis sem Véu e a obra ensina uma concepção tríplice do homem—corpo, alma e espírito—em linha com o pensamento neoplatônico e hermético. Este é contrastado com as obras de Helena, nomeadamente A Doutrina Secreta (1888), em que não só é a reencarnação destaque, mas o homem é concebido tendo sete vezes uma constituição.
Resumo:
A Doutrina Secreta já definido pela crítica como a bíblia da Humanidade futura. Trata-se, porém, de uma obra vasta, de leitura muitas vezes árdua para quem não esteja familiarizado com o assunto. Daí a oportunidade e a utilidade desta Síntese, organizada e traduzida por Cordélia Alvarenga de Figueiredo, que, utilizando o texto original, dele escolheu as passagens mais importantes e significativas, colocando assim ao alcance de qualquer leitor as idéias básicas dessa obra-prima do Esoterismo.
A influência de Blavatsky é avassaladora... Segundo o depoimento de sua sobrinha, Albert Einstein tinha A Doutrina Secreta à cabeceira.