Lira Neto fez o Ensino Médio na antiga Escola Técnica Federal do Ceará, atual Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará (CEFET-CE), onde cursou Estradas e obteve o diploma de técnico em Topografia. Porém, nunca exerceu a profissão.
Antes de dedicar-se ao jornalismo, trabalhou como professor de História, Redação e Literatura, em vários colégios de Fortaleza.
Cursou Filosofia (Faculdade de Filosofia de Fortaleza), Letras (Universidade Estadual do Ceará) e Jornalismo (Universidade Federal do Ceará).
No jornalismo, começou como revisor do Diário do Nordeste (Fortaleza - CE) e posteriormente transferiu-se para o jornal O Povo, da mesma cidade, no qual ocupou entre outras funções as de repórter especial, editor de cultura e ombudsman.
Nos início do anos 80, ainda morando em Fortaleza, escreveu e publicou poesia alternativa, destacando-se como um dos principais nomes da chamada "poesia marginal" do Ceará. São desta época uma série de folhetos xerocados e mimeografados de sua autoria, como Gamões & Fliperamas, Roteiro dos Círculos e Girassol Marginal.
Radicado na cidade de São Paulo, tem artigos, entrevistas e reportagens publicados em alguns dos principais jornais e revistas do Brasil.
Além de jornalista e escritor, também é editor de livros. Já trabalhou como coordenador editorial de duas editoras: Edições Demócrito Rocha (Fortaleza) e Contexto (São Paulo).
Em 2007 foi agraciado com o Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria melhor biografia do ano, pelo livro O inimigo do Rei: Uma biografia de José de Alencar ou a mirabolante aventura de um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil (Editora Globo). O extenso subtítulo da obra é uma referência à estética do folhetim do século XIX.
RESUMO DO LIVRO:
RESUMO DO LIVRO:
Getúlio Dornelles Vargas (1882-1954) é a figura histórica sobre a qual mais se escreveu no Brasil. No entanto, na copiosa bibliografia dedicada a ele, não havia até agora uma biografia completa, de cunho jornalístico e objetivo, que procurasse reconstituir em minúcias a trajetória pessoal e política do personagem do modo mais isento possível.
A monumental trilogia Getúlio, de Lira Neto, da qual se lança agora o primeiro volume, vem suprir com sobras essa lacuna. Ao longo de dois anos e meio, o autor se debruçou sobre uma vastíssima gama de documentos - muitos deles inéditos ou pouco explorados - para ajudar a decifrar a “esfinge Getúlio” e mostrar como foi possível que convivessem no mesmo indivíduo o revolucionário, o ditador, o reformador social e o demagogo.
Sem desdenhar nenhum tipo de fonte ou arquivo, Lira Neto se serviu de cartas pessoais e memorandos oficiais, de diários íntimos, autos judiciais, boletins de ocorrência, notícias de jornal, anúncios de publicidade, charges, hinos, marchinhas, livros de memórias, entrevistas, depoimentos etc.
O resultado desse árduo trabalho, acompanhado de um mergulho na bibliografia histórica sobre o período, é um relato envolvente, por vezes eletrizante, ao qual o talento narrativo do autor confere a vivacidade e o ritmo de um bom romance.
Antes de virar ele próprio um substantivo, Getúlio foi destacado integrante das hostes do castilhismo e do borgismo – e Lira Neto esmiúça as relações políticas que o cercavam. Getúlio cresceu em uma família historicamente ligada aos republicanos – seu pai, o general Manuel Vargas, lutou de lenço branco no pescoço na Revolução Federalista. O temperamento conciliador se desenvolve em um Estado marcado por revoltas e pelas ditaduras positivistas de Castilhos e Borges. Talvez para o leitor do Rio Grande do Sul, imerso na história contada, já repisada em incontáveis livros, de ficção ou não, a impressão de falta de novidades se acentue, embora o livro valha como um novo ponto de vista expresso em um texto sedutor.
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