Mostrando postagens com marcador BIOGRAFIAS. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador BIOGRAFIAS. Mostrar todas as postagens

Lira Neto

(Fortaleza, 1963) é um jornalista e escritor brasileiro, especializado em biografias.

Lira Neto fez o Ensino Médio na antiga Escola Técnica Federal do Ceará, atual Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará (CEFET-CE), onde cursou Estradas e obteve o diploma de técnico em Topografia. Porém, nunca exerceu a profissão.

Antes de dedicar-se ao jornalismo, trabalhou como professor de História, Redação e Literatura, em vários colégios de Fortaleza.

Cursou Filosofia (Faculdade de Filosofia de Fortaleza), Letras (Universidade Estadual do Ceará) e Jornalismo (Universidade Federal do Ceará).

No jornalismo, começou como revisor do Diário do Nordeste (Fortaleza - CE) e posteriormente transferiu-se para o jornal O Povo, da mesma cidade, no qual ocupou entre outras funções as de repórter especial, editor de cultura e ombudsman.

Nos início do anos 80, ainda morando em Fortaleza, escreveu e publicou poesia alternativa, destacando-se como um dos principais nomes da chamada "poesia marginal" do Ceará. São desta época uma série de folhetos xerocados e mimeografados de sua autoria, como Gamões & Fliperamas, Roteiro dos Círculos e Girassol Marginal.

Radicado na cidade de São Paulo, tem artigos, entrevistas e reportagens publicados em alguns dos principais jornais e revistas do Brasil.

Além de jornalista e escritor, também é editor de livros. Já trabalhou como coordenador editorial de duas editoras: Edições Demócrito Rocha (Fortaleza) e Contexto (São Paulo).

Em 2007 foi agraciado com o Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria melhor biografia do ano, pelo livro O inimigo do Rei: Uma biografia de José de Alencar ou a mirabolante aventura de um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil (Editora Globo). O extenso subtítulo da obra é uma referência à estética do folhetim do século XIX.


RESUMO DO LIVRO:


Getúlio Dornelles Vargas (1882-1954) é a figura histórica sobre a qual mais se escreveu no Brasil. No entanto, na copiosa bibliografia dedicada a ele, não havia até agora uma biografia completa, de cunho jornalístico e objetivo, que procurasse reconstituir em minúcias a trajetória pessoal e política do personagem do modo mais isento possível.

A monumental trilogia Getúlio, de Lira Neto, da qual se lança agora o primeiro volume, vem suprir com sobras essa lacuna. Ao longo de dois anos e meio, o autor se debruçou sobre uma vastíssima gama de documentos - muitos deles inéditos ou pouco explorados - para ajudar a decifrar a “esfinge Getúlio” e mostrar como foi possível que convivessem no mesmo indivíduo o revolucionário, o ditador, o reformador social e o demagogo.

Sem desdenhar nenhum tipo de fonte ou arquivo, Lira Neto se serviu de cartas pessoais e memorandos oficiais, de diários íntimos, autos judiciais, boletins de ocorrência, notícias de jornal, anúncios de publicidade, charges, hinos, marchinhas, livros de memórias, entrevistas, depoimentos etc.

O resultado desse árduo trabalho, acompanhado de um mergulho na bibliografia histórica sobre o período, é um relato envolvente, por vezes eletrizante, ao qual o talento narrativo do autor confere a vivacidade e o ritmo de um bom romance.

Antes de virar ele próprio um substantivo, Getúlio foi destacado integrante das hostes do castilhismo e do borgismo – e Lira Neto esmiúça as relações políticas que o cercavam. Getúlio cresceu em uma família historicamente ligada aos republicanos – seu pai, o general Manuel Vargas, lutou de lenço branco no pescoço na Revolução Federalista. O temperamento conciliador se desenvolve em um Estado marcado por revoltas e pelas ditaduras positivistas de Castilhos e Borges. Talvez para o leitor do Rio Grande do Sul, imerso na história contada, já repisada em incontáveis livros, de ficção ou não, a impressão de falta de novidades se acentue, embora o livro valha como um novo ponto de vista expresso em um texto sedutor.


Fernando Morais

Fernando Gomes de Morais (Mariana, 1946) é um jornalista, político e escritor brasileiro. Sua obra literária é constituída por biografias e reportagens.

Começou no jornalismo aos quinze anos. Em 1961, trabalhava como office boy na pequena revista de um banco em Belo Horizonte, quando teve que cobrir a ausência do único jornalista da publicação numa entrevista coletiva.

Mudou-se para São Paulo aos dezoito anos e trabalhou nas redações de Veja, Jornal da Tarde, Folha de São Paulo, TV Cultura e portal IG. Recebeu três vezes o Prêmio Esso e quatro vezes o Prêmio Abril.

Na área política, foi deputado estadual durante oito anos e Secretário de Cultura (1988-1991) e de Educação (1991-1993) do Estado de São Paulo, nos governos Orestes Quércia e Luiz Antônio Fleury Filho.

Seu primeiro sucesso editorial foi A Ilha (Livro), relato de uma viagem a Cuba. A partir daí, abandonou a rotina das redações para se dedicar à literatura. Pesquisador dedicado e exímio no tratamento de textos, publicou biografias e reportagens que venderam mais de dois milhões de exemplares no Brasil e em outros países, tornando-se um dos escritores brasileiros mais lidos de todos os tempos.

Em 2003, tentou uma vaga na Academia Brasileira de Letras, mas foi derrotado por Marco Maciel, ex-senador e ex-vice-presidente da República.

Em 2005, um juiz de Goiânia determinou, a pedido do deputado Ronaldo Caiado, a busca e apreensão de edições de seu livro Na toca dos leões.Neste livro, em que conta a trajetória da empresa de publicidade W/Brasil, Morais refere-se de passagem a uma declaração de Caiado, quando candidato a presidente da República, de que, se eleito, mandaria esterilizar todas as mulheres nordestinas. Sob a alegação de serem falsas tais afirmações, Caiado obteve a apreensão judicial da obra, sob pena de o escritor ter que pagar cinco mil reais de multa a cada vez que falasse do assunto. A decisão, favorável ao deputado, foi anulada pelo Tribunal de Justiça de Goiás.

Mas a reviravolta não tardou, neste mesmo ano de 2005, a suposta fonte que acusara o deputado, o publicitário Gabriel Zellmeister, declarou à Justiça que nunca ouviu Ronaldo Caiado defender a idéia. (Revista Época, 7 de novembro de 2005) No ano de 2012 a justiça manteve uma decisão já proferida em 2010 contra o escritor. Fernando Morais foi condenado a indenizar Ronaldo Caiado, juntamente com a editora e o publicitário Gabriel Zellmeister, em R$ 1.200.000,00 por danos morais.

Desde 2006, Morais trabalha em dois projetos polêmicos: a biografia do político baiano Antônio Carlos Magalhães e um livro em que o ex-ministro José Dirceu narra sua passagem pelo Governo Lula.


RESUMO DO LIVRO:


Em Olga, Fernando Morais consegue nos colocar em contato com toda a atmosfera de tensão vivida pelos comunistas no Brasil de Getúlio Vargas, em plena década de 1930. Retrocede até antes disso para nos fazer conhecer as origens dessa judia alemã que se juntou aos camaradas russos para tentar propagar a revolução proletária mundo afora. Relata sua vinda para o Brasil aonde veio a trabalhar com Prestes na fracassada tentativa de insurreição conhecida historicamente como Intentona Comunista de 1935. 

Independentemente dos resultados das ações desencadeadas pelos comunistas no Brasil, o importante é relatar a história dessa jovem mulher que abraçou uma causa com tanto fervor que teve que verdadeiramente se sacrificar em favor de suas crenças e ideais. 

Mulher altiva, de beleza inconteste, oriunda de família bem estabelecida na Alemanha, Olga não se acomodou a uma situação de conforto burguês e resolveu aderir aos movimentos internacionais de trabalhadores. Era a ponte para vôos muito mais altos que passavam necessariamente por Moscou. Reuniões de partido, militância entre a juventude comunista, treinamentos militares, além de grande perícia nas ?artes? bélicas acabaram colocando essa militante de olhos claros no caminho da América Latina. 

Seu destino parecia irremediavelmente traçado pelo fato de um notável e respeitado líder latino-americano também estar em Moscou, se preparando para deflagrar o socialismo no maior país dessa região do mundo, o Brasil. Tratava-se de ninguém menos que Luís Carlos Prestes. Precedido de enorme fama e de grande consideração pelos próprios russos, em virtude de sua liderança expressiva durante a chamada Coluna Prestes, o ex-militar brasileiro conseguia na União Soviética os recursos e aliados necessários para a revolução proletária no Brasil. 

Olga? é, sem dúvida, uma das maiores contribuições de Fernando Morais para a literatura nacional. Livro de ritmo denso, rico em reconstituições e detalhes, produto de intensa pesquisa em arquivos no Brasil e no exterior, com uma narrativa que faz com que se pareça com uma obra de ficção, encanta o leitor da primeira a última página. Só queremos largar o livro depois de seu final e prendemos o fôlego e as lágrimas várias vezes.





Chatô - O Rei do Brasil O livro é uma biografia de um jornalista que mudou, literalmente, a história do Brasil. Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo nasceu em Umbuzeiro na Paraíba em 1892. Além de "feio, raquítico, amarelo e opilado", o menino era gago e só aprendeu a ler e escrever aos nove anos de idade. O que não o impediu de fazer a faculdade de Direito em Recife e aprender alemão e francês. Foi nesta época que ele conseguiu um emprego em um jornal da cidade. 

Mas ninguém imaginava que ele iria tão longe. Ao final de sua vida ele possuía um império formado por dezenas de jornais, emissoras de rádio e TV, agência de notícias, fazendas e empresas. A palavra era sua arma. Através de seus jornais ele atacava seus inimigos e reverenciava seus amigos. E foi assim que consegui muitas coisas. 

Ajudou Getúlio Vargas, do qual era amigo, a chegar ao poder na Revolução de 30. Fundou a primeira emissora de TV da América Latina (a TV Tupi). Fundou o MASP (Museu de Arte de São Paulo). Casou-se, oficialmente, três vezes e teve três filhos (Fernando, Gilberto e Teresa). Mas seus casamentos não duraram muito. Boêmio, infiel e mulherengo ele vivia cercado de mulheres, muitas mulheres. Era amigo de ricos industriais, banqueiros e políticos influentes. No exterior, ficou conhecido como o "Cidadão Kane" brasileiro, numa alusão ao famoso filme homônimo de Orson Welles. Na política, Chateaubriand chegou a ser senador e, depois, embaixador do Brasil na Inglaterra, onde presenteou a Rainha Elizabeth com um lindo colar de diamantes e consagrou Sir William Churchil cavaleiro da Ordem do Jagunço, ordem fictícia com a qual ele homenageava seus amigos. Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, o Chatô, não nasceu nobre, mas durante sua vida virou um rei no Brasil.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...