José de Alencar

(1829-1877) foi romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político brasileiro. Foi um dos maiores representantes da corrente literária indianista brasileira. Destacou-se na carreira literária com a publicação do romance O Guarani, em forma de folhetim, no Diário do Rio de Janeiro, onde alcançou enorme sucesso. 

José de Alencar consolidou o romance brasileiro, ao escrever movido por sentimento de missão patriótica. O regionalismo presente em suas obras, abriu caminho para outros sertanistas, preocupados em mostrar o Brasil rural.

Nasceu em Mecejana, no Ceará em 1829. José Martiniano de Alencar era filho de tradicional família cearense, ainda menino mudou-se para o Rio de Janeiro onde estudou no Colégio de Instrução Elementar. Filho de um ilustre senador do império, José Martiniano de Alencar cursou advocacia, mas logo tornou-se político, jornalista e escritor. Ao lado da literatura, José de Alencar foi um político atuante. Foi eleito deputado pelo Ceará em 1861 pelo partido Conservador, sendo reeleito em quatro legislaturas. Exerceu o cargo de Ministro da Justiça, durante o período de 1868 a 1870. Mas foi como escritor que obteve maior destaque para a posteridade. Considerado o maior romancista do Romantismo brasileiro, Alencar criou uma literatura nacionalista, empregando um vocabulário e uma sintaxe típicos do Brasil e evitando o estilo lusitano, que até então prevalecia na literatura aqui produzida. Seu romance o Guarani serviu de inspiração ao músico Carlos Gomes, que compôs a ópera O guarani.

Sua obra traça um perfil da cultura e dos costumes de sua época, bem como da História do Brasil, tendo como preocupação essencial a busca de uma identidade nacional, seja quando descreve a sociedade burguesa do Rio de Janeiro, seja quando se volta para os temas ligados ao índio ou ao sertanejo. Seus romances costumam ser classificados em quatro categorias: urbanos, históricos, indianistas, e regionalistas.

Famoso a ponto de ser aclamado por Machado de Assis como "o chefe da literatura nacional", José de Alencar morreu aos 48 anos, no Rio de Janeiro, vítima da tuberculose em 12 de dezembro de 1877, deixando seis filhos, inclusive Mário de Alencar, que seguiria a carreira de letras do pai.


RESUMO DO LIVRO:



O Guarani, além de ser um romance histórico, traz como personagem, a familia de Dom Antônio de Mariz, personagem real. A natureza em José de Alencar tem um tratamento de exaltação extrema, para valorizar a terra - numa defesa da tese nacionalista de valorização do homem e da terra pátria. As suas descrições da natureza são infindas, sempre ressaltando a riqueza da fauna e da flora principalmente. 

"EPOPÉIA DA FORMAÇÃO DA NACIONALIDADE" Dom Antônio de Mariz, fidalgo português residente no Brasil, que não se conformava com a dominação espanhola, após perder Portugal a sua independência política, em 1580, construiu uma ampla e espaçosa casa no sertão, às margens do rio Paquequer, afluente do rio Paraíba.





Iracema, a virgem tabajara consagrada a Tupã, apaixona-se por Martim, guerreiro branco inimigo dos tabajaras. Por esse amor abandona sua tribo, tornando-se esposa do inimigo de seu povo. Quando mais tarde percebe que Martim sente saudades de sua terra e talvez de alguma mulher, começa a sofrer. Nasce-lhe o filho, Moacir, enquanto Martim está lutando em outras regiões. Ao voltar, ele encontra Iracema prestes a morrer. Parte, então com o filho para outras terras.

Destaca-se, nesta obra, a linguagem bem elaborada de Alencar. O estilo é artisticamente simples, procurando recriar a poesia natural da fala indígena, plena de comparações e personificações, o que dá ao livro as características de um verdadeiro poema.







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